Meninas e meninos,
Tenute Piccini é uma vinícola que advém de quatro gerações produzindo vinhos na região da Toscana, com bons brancos e tintos; moderna e com tecnologia renovada, guarda também as práticas regionais da região toscana. Encontrei-me com os vinhos da Piccini na Vinci faz alguns meses, e fiquei sabendo que é o segundo maior produtor da Toscana, perdendo o primeiro lugar para outra vinícola de peso, a Antinori.
De seus vinhos provados gostei de todos, claro com minhas preferências como é de se supor, e guardam uma qualidade muito interessante na relação preço X qualidade, pois mesmo seus vinhos mais top como o Collezione Piccini Brunello di Montalcino, não são tão caros para os padrões desta região e rótulo.
A família possui também outras quatro propriedades, das quais três encontram-se na Toscana à saber: Villa al Cortile, em Montalcino; Fattoria di Valiano in Chianti; Tenuta Moraia, em Maremma e Regio Cantina, a mais nova propriedade da vinícola, localizada na Basilicata, no sul da Itália.
Vamos aos vinhos na ordem degustada:
1-Vito Chardonnay 2015 com boa acidez, fruta cítrica no olfato e palato, sem madeira.
2-Vito Syrah Rosé 2015 muita fruta e sutil floral no olfato, vinho bom para gastronomia porque combina as qualidades dos brancos mesclado com tons dos tintos. Não passa por madeira.
3-Vito Cabernet Sauvignon 2014 outro sem passagem por barrica, me impressionou mais no palato que no olfato, mais contido neste último, com notas apenas de frutas no meu entendimento.
4-Chianti DOCG 2014 sem passagem por madeira, um dos meus preferidos do painel, além do vinho em si com notas frutadas, especiarias e florais no olfato, confirmando estas notas no palato e acrescidas de ótima acidez e taninos redondos, tem ótima relação de preço X qualidade que apesar do U$ não ultrapassa R$ 100,00. Corte de 95% Sangiovese e 5% da uva Ciliegelo que não conhecia.
5-Chianti Riserva DOCG 2012 um Sangiovese “in pureza”, passagem de 12 meses em barricas, um irmão mais velho do anterior pelo afinamento na madeira, elegante, muita fruta ainda lembrando frutas silvestres mais acidas, especiarias notadamente as adquiridas pelo tempo e pela madeira, tudo confirmado em boca.
Muito boa acidez e taninos especiais. Só perdeu em minha preferência para seu irmão mais jovem pelo fato do afinamento em madeira sempre dar “ganho” aos vinhos quando bem trabalhados. Seu preço é muito próximo também do anterior com o devido encaixe alcoólico que tem que ser maior.
6-Collezione Oro Chianti Riserva 2011 passa 12 meses em barricas, algumas especiarias distintas em virtude de ter no corte além da Sangiovese, 10% de Cabernet Sauvignon.
7-Collezione Piccini Brunello di Montalcino 2010 com 20 meses em botti e mais 4 meses em barricas, Sangiovesse Grosso “in pureza” vinho corpulento e mais alcoólico, muito equilibrado e elegante com frutado, especiarias, sutil “carne” ou digamos sanguíneo e tostados no olfato, em boca confirma o frutado, as especiarias, acidez ótima para a idade, taninos especiais, seria meu vinho preferido se não houvesse elegido seu irmão Chianti sem madeira. Recomendo!
8-Memoro Rosso vinho que inicialmente foi pensado para comemorar os 150 anos de unificação da Itália, com corte de 4 uvas com uvas parcialmente pacificadas de Primitivo, Montepulciano de Abruzzo, Nero d’Avola e Merlot. Não pode ter safra devido ao corte inédito. Passa 12 meses em barricas, curioso floral e mineral exalam no olfato aliado ao frutado em compota. Em boca confirma o frutado, o mineral aparecendo o tostado.
9-Donpà Aglianico del Vulture 2010 direto da Basilicata de uma das vinícolas da Piccini, passa ao redor de 15 meses em barricas, com notas balsâmicas, notas químicas de fármacos, mineral no olfato, em boca o químico e o balsâmico permanecem, Vinho diferente dos demais.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão