Meninas e meninos,
A rolha dos espumantes é sim diferente das demais, em virtude da pressão contida na garrafa. A Cooperativa Vinícola Garibaldi distribuiu interessante texto comentando sobre esta rolha dos espumantes, que agora transcrevo alguns trechos por ter uma boa e concisa explicação técnica.
O som não poderia ser mais festivo: o ‘poc’ de um espumante sendo aberto é sinal de que vêm comemoração e bons momentos por aí, não que seja a maneira mais indicada de se abrir estes tipos de vinhos, pois assim fazendo, perdemos boa parte do gás contido no líquido.
Nas festas de fim de ano, esse ritual se repete com frequência, antecipando o brinde com a família e amigos. O ato de espocar a rolha de um espumante vem carregado de uma série de particularidades. Conhece-las é uma boa dica para impressionar a todos com um comentário inteligente e inusitado!
Você já deve ter percebido que, diferentemente dos vinhos, as rolhas dos espumantes têm um formato que lembra um cogumelo. Ocorre que, antes de serem colocadas na garrafa, elas são praticamente iguais às utilizadas para vedar as garrafas de vinho. O que muda é o diâmetro um pouco maior, entre 30,5 mm e 31,5 mm – o comprimento, de 48 mm a 54 mm.
Há outra particularidade para além de sua aparência que as diferem: a rolha de espumante possui duas ou três peças de cortiça natural inteira. A parte que fica de fora da garrafa é feita de cortiça prensada (aglomerada), de modo a oferecer rigidez e facilitar a extração da rolha. Já a parte interna, que fica em contato com o líquido, recebe um mix de cortiça maciça e elástica, para que se molde ao formato da garrafa e preencha as paredes, suportando a pressão ali existente.
Após se comprimida para que entre no bico da garrafa, através de sua elasticidade natural, a cortiça volta a ter seu tamanho normal, se moldando ao interior do gargalo e ganhando o formato de cogumelo. Caso ela permaneça com esse feitio ao ser retirada da garrafa, significa que a rolha utilizada era de boa qualidade. E é preciso que seja.
A rolha de um espumante, com a ajuda da gaiola, serve para que, ao mesmo tempo, não entre oxigênio e não haja liberação de gás carbônico, mantendo a pressão na garrafa. São cerca de 5 atmosferas ou 70 libras de pressão, cerca de duas vezes a quantidade de ar de um pneu de automóvel.
Mas pode ficar tranquilo. Embora realmente seja necessário manusear a garrafa com cuidado, elas são muito resistentes e suportam até sete vezes a pressão contida em seu interior. Uma última curiosidade: a máquina de arrolhar o espumante comprime a rolha a 18mm, permitindo sua entrada no bico da garrafa.
Não só a rolha dos espumante é importante, mas saber escolher certo os seus tipos para cada ocasião é de suma importância.
Como escolher o espumante adequado
A escolha do espumante é bastante pessoal, mas algumas orientações básicas podem auxiliar na compra da bebida para tornar o momento mais especial. Na ceia completa de Natal, com ave, carne suína, panetone e complementos, existem sabores e texturas bastante diferentes. A dica, portanto, é escolher um espumante que consiga harmonizar com todos os pratos, como o Prosecco (bebida leve e delicada).
Se a ideia é degustar um panetone com chocolate (chocotone), vale apostar na harmonização com o espumante Moscatel, que consegue equilibrar muito bem o paladar.
Quem vai receber convidados em casa deve ficar atento a essa dica: é importante mesclar estilos de espumante, dessa forma se atinge maior número de paladares. “Normalmente, opta-se por espumantes mais leves, assim é possível agradar desde quem está iniciando no mundo do vinho até quem já tem mais conhecimento. Para surpreender os convidados, inclua um espumante rosé, variedade que está em alta e impressiona pelo sabor”, enfatiza o enólogo da Garibaldi Ricardo Morari.
Uma sugestão é o Garibaldi Prosecco Rosé Brut, primeiro espumante brasileiro rosé nessa variedade, exclusividade da Cooperativa Vinícola Garibaldi. Ele carrega em sua composição até 5% de uvas Pinot Noir, que imprimem a coloração característica à bebida. Mantendo o aspecto delicado dos rosés, apresenta um perfil aromático mais complexo e harmonizam perfeitamente com saladas, peixes leves, frutos do mar, sopas cremosas, canapés e queijos.
Fotos Augusto Tomasi e divulgação
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão