Meninas e meninos,
Nunca vou esquecer a primeira vez que visitei esta linda vinícola e a recepção que tive por lá, sempre com a companhia do dedicado e já amigo Cristián Olate, que desconfio tenha nascido no Brasil, pois tem todo o maneirismo brasileiro, o bom humor, e a alegria ao receber pessoas.
Mas hoje o assunto é vinho, vinho chileno, vinhos da Viña Montgras. Da última vez que estive com o Cristián no Chile foi quando à convite da Brandabout, da qual já escrevi varias vezes e que presta um trabalho inestimável neste segmento dos vinhos no Chile com a Susana Gonzáles e equipe, degustei alguns de seus vinhos no hotel onde estava, o Las Cumbres Vitacura.
Estou no Canadá para matérias de vinhos, cervejas, gastronomia e turismo ligado aos temas anteriores, e vi em mais de um lugar, exemplares de vinhos chilenos, e dentre eles os vinhos da Montgras, e por associação de ideias, coloco este texto.
Quatro de seus belos vinhos estavam para serem apreciados, o Intriga Cabernet Sauvignon, que na verdade tem também 5% de Petit Verdot que lhe dá um vigor extra. Vinho que agrada muito pelo equilíbrio de corpo e taninos, com boa acidez e balanço de álcool na casa dos 14,5%. Posso dizer que é um belo exemplar desta cepa, com amadurecimento em barricas francesas 23% novas e 77% de segundo uso por 21 meses.
Outro dos vinhos foi o Antu Cabernet Sauvignon, este em pureza, passando menos tempo em madeira, 14 meses, e nas proporções seguintes: 80% francesa, 20% americana; 34% novas, 33% segundo uso, 33% terceiro uso. Vinho agradável, gostoso do início ao fim, e um vinho que pode ser harmonizado com muitas gastronomias, pois tem pegada mais ampla por ter sido menos amadurecido em madeira e pela diversidade delas.
O Montgras Limited Edition 25th Aniversary corte de 70% Cabernet Sauvignon , 15% Carmenère e 15% Syrah é um vinho que chega mais aromático no olfato e demora um pouco para se abrir em boca, amadurece todo o vinho em madeira francesa sendo: 30% novas, 35% segundo uso e 35% terceiro uso por 13 meses.
Este vinho agrada muito, até pelo fato que depois de alguns minutos e mais aberto, seu balanço é extraordinário, tanto em equilíbrio com o tripé taninos, acidez e álcool, quanto e persistência em boca. Muito especiado, creio que pela Syrah mais que pelo barril, abre um leque de opções em harmonização que começam nos queijos de massa mais dura, passam pelas carnes vermelhas e de caça, sendo até pato e galinha d’Angola, chegando inclusive, em minha opinião aos peixes mais gordurosos e de couro.
Asseguro mesmo que até um bacalhau ao forno como nós brasileiros fazemos com azeite abundante, pimentões verde, amarelo e vermelho, cebolas, alho e batatas este vinho vá fazer um belo par.
Antu Cabernet Sauvignon-Carmenère na proporção de 70% e 30 %, outro vinho que mescla barricas: 80% francesas e 20% americanas, na proporção de: 34% novas, 33% segundo uso e 33% terceiro uso ao longo de 14 meses. Uma mescla clássica no Chile e que trás leveza ao Cabernet Sauvignon, e facilita também nas harmonizações.
Mas, e sempre tem um mas, até me lembro de ter comentado com o Cristián, um vinho que sempre gosto da Montgras é o Ninquén e me lembro de que quando estive na Montgras, degustei o da safra 2012 55% Cab. Sauvignon e 45% Syrah, amadurecido por cerca de 2º meses em barricas francesas e que pelo corte e pela madeira também harmoniza com um leque bem grande de opções gastronômicas, e pela quantidade de Syrah a gastronomia indiana, cheia de especiarias me vem de imediato!
Ouro vinho que gosto muito é o Montgras Reserva Pinot Noir, e dentre os brancos, tomei mais recentemente, mas não me lembro se foi com amigos que o levaram ao Brasil, ou se a Bruck o importa é Montgras Blanco corte 35% Chardonnay , 35% Viognier, 15% Semillony e 15% Sauvignon Blanc. Também o branco da linha Amaral o Sauvignon Blanc.
Parabéns Viña Montgras pelos sue vinhos, e que longe do Brasil, no Canadá posso ter acesso aos exemplares desta bodega.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão