Meninas e meninos,
Vinhos do Porto Dalva degustados na visita que fiz ao Porto-Portugal, onde pude estar com a Elsa Couto, Export Manager da C da Silva. Cabe uma explicação sobre o nome dos Vinhos do Porto Dalva: “C. Da Silva Vinhos SA é uma Casa de forte tradição no vinho do Porto. Fundada em 1862, o seu nome atual foi definido nas primeiras décadas do século XX, quando o Sr. Clemente da Silva recebeu a empresa através do casamento.
Elsa Couto-export manager.
Naquele tempo, mostrando uma vocação exportadora, dirigiu os primeiros passos para o Brasil e América do Norte, mas logo em seguida outros mercados e DALVA está neste momento presente na Europa e Ásia”.
“Para distinguir os nossos produtos de eleição criamos a marca DALVA, um nome feliz, fácil de pronunciar em todas as línguas e cujas raízes remetem para o sobrenome do fundador DA SI LVA”.
Convidado pela amiga Carla Salomão da Azavini, a empresa que importa os vinhos do Porto Dalva e outros, fui magnificamente recepcionado pela jovem e profissional Elsa Couto.
Muito já escrevi sobre os vinhos do Porto Dalva, poderão ver inúmeras postagens neste site, procurando por Porto Dalva, Vinhos do Porto no Divino Guia , pois muito me agradam os vinhos do Porto Brancos com idade, e são poucas as casas de vinhos do Porto que os fazem.
C.da Silva Caves de vinho do Porto-Porto Dalva é muito famosa também pelos excelentes e exclusivos “Colheitas”, como os Golden White de 1952,1963 e 1971. Para quem não lembra, para serem feitos os vinhos do Porto, temos que obter uvas classificadas.
Esta classificação segue o padrão de letras de “A” a “F”, e são precisos para a classificação as melhores uvas de castas recomendadas e outras permitidas, a elevação com exposição solar, sua localização (Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior), idade das plantas, os solos, densidade das plantações, rendimento etc…
Continuando com o processo, o mosto é fortificado no terceiro dia de fermentação com a adição de aguardente vínica, com teor alcoólico entre 76% – 78%, a fim de parar a fermentação: (440 litros de mosto misturado com 110 litros de aguardente).
Obs.: para o padrão do Vinho do Porto, seu grau alcóolico mínimo permitido é de 16,5% para o vinho do Porto branco e o máximo é de 22%. Em geral o vinho do Porto terá sempre de 19% a 20%.
O Douro é a região em todo o mundo, com mais variedades de uvas utilizadas na produção de vinho do Porto, mais de cem variedades de uvas, todas autorizadas pelo Instituto do Vinho do Douro e Porto.
Modernamente as cepas mais utilizadas são as cinco castas tintas estudadas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Roriz e cinco variedades de uvas brancas Malvasia Fina, Gouveio, Viosinho, Códega e Malvasia Rei.
Existem 29 variedades de castas recomendadas na legislação, estas 29 variedades são divididas em dois grupos, o primeiro deve ser usado em pelo menos 60% do vinho em corte, e as uvas do segundo grupo devem ser usadas em um máximo de 40% da mistura.
Mas voltando à degustação na qual fui presenteado pela Elsa Couto, em companhia da Carla Salomão, tive o privilégio de degustar 7 vinhos: Porto Dalva Dry White Reserve, Porto Dalva Tawny 10, Porto Dalva Colheita 2007, Porto Dalva Golden White 89, Porto Dalva Colheita 1985, Porto Dalva Tawny 20 e Porto Dalva Vintage 2016.
O Porto Dalva Vintage 2017 recém-declarado degustei no Palácio da Bolsa na maravilhosa cerimônia em que estive presente, convidado da C. da Silva e Carla Salomão.
Resumindo muito as sensações obtidas na degustação, seguem algumas notas de prova:
1-Porto Dalva Dry White Reserve com 45 g/l de açúcar muito floral e cítrico.
Porto Dalva Dry White Reserve.
2-Porto Dalva Tawny 10 com flores secas, damasco, casa de laranja confitada é especial.
Porto Dalva Tawny 10.
3- Porto Dalva Colheita 2007 fantástico nos aromas, ameixa, floral nítido, caramelo, lembra o doce fio de ovos e curiosamente salino, um produto digno de reis!
Porto Dalva Colheita 2007.
4- Porto Dalva Golden White 89-lembrando que os Golden levam este nome por ser o melhor de cada década, no olfato lembra brandy, floral, frutas secas, em boca, acidez primorosa.
Porto Dalva Golden White 89.
5- Porto Dalva Colheita 1985, sua cor âmbar muda de acordo com cada safra, segundo Elsa, aromas de uvas passas, ameixas, especiarias e damascos.
Porto Dalva Colheita 1985.
6- Porto Dalva Tawny 20 surge com especiarias picantes no olfato, frutas e flores secas. Em boca é explosivo!
Porto Dalva Tawny 20.
7- Porto Dalva Vintage 2016 ainda jovem, mas com taninos macios, frutado e floral com algum sutil vegetal.
Porto Dalva Vintage 2016.
Não saberia dizer qual deles gostei mais, meu coração tende aos brancos de idade, mas os colheita são tão especiais que me dividi na hora da degustação. O salino que senti no Porto Dalva Colheita 2007 me deixou extasiado!
Obrigado pela oportunidade ímpar e depois tem mais, a grandiosa festa celebrando o Vintage 2017 no Palácio da Bolsa, onde a Elsa Couto foi a primeira mulher a fazer parte da Chancelaria da Confraria, sendo este cargo a figura máxima, com mandato de dois anos.
Azavini
- da Silva- Porto Dalva
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão
