Meninas e meninos,
Os vinhos da Villaggio Conti, Rosso d’altezza e Pignolo, eu harmonizei em dias distintos com gastronomia brasileira; um churrasco com Ojo de Beef e em outro momento com carnes variadas como suína e bovina em cortes distintos. Também acompanhavam os cortes de carnes, banana empanada e polenta frita.
Precisava tirar à prova, com harmonização gastronômica, em que pese já antecipar o ótimo casamento que seria possível com os vinhos escolhidos, o Rosso e o Pignolo. O Rosso d’altezza uma safra mais nova que o Pignolo é um corte com a maioria de Sangiovese. Já o Pignolo me chamara a atenção desde o primeiro contato na Wine South America em 2019
Os vinhos da Villaggio Conti são quase todos de cepas com origem italiana. Algumas destas uvas, a Pignolo, por exemplo, tem chamado a atenção pelo inédito e pela história. Humberto Conti cultiva esta variedade que foi trazida por ele numa visita ao conhecido e afamado Josko Gravner, do Friuli. Uva resgatada por lá, e muito pouco plantada e conhecida, tem seu nome ligado à “pinha”, que na serra catarinense é abundante. Já no idioma natural, o italiano, “Pignolo” significa “mimado, exigente”, referência ao difícil cultivo que a casta apresenta.
Desde já digo com uma sensação de querer mais, que ambos os vinhos, o Pignolo e o Rosso se saíram muito bem, enaltecendo a gastronomia, somando valores e se enriquecendo no palato. Qual preferi? Gostei dos dois e muito, tanto degustados solo, quanto com a gastronomia, mas tenho uma queda para o Pignolo por ser distinto, nem melhor e nem pior, apenas distinto!
Vamos aos vinhos:
Villaggio Conti Pignolo 2017, vinho que não denotava a idade, e que irá mais longe para quem guardar esta safra. Ainda apresentava laivos violáceos na taça. Frutas, muitas frutas exalam da taça no aroma, tanto as vermelhas, quantos as negras. A ameixa foi a primeira que se mostrou, depois, a amora preta.
As especiarias também estão no olfato, principalmente as adocicadas. O Chocolate aparece e também algum tostado, visto ter estagiado em barricas francesas por 18 meses. Em boca confirma tudo o que o olfato entrega, aliado a uma ótima acidez, taninos especiais e uma persistência de dar inveja.
Para harmonizar com gastronomias variadas, tanto com carnes vermelhas em diversas cocções, como com carnes brancas, aves, coelho, e queijos mais curtidos.
Villaggio Conti Rosso d’altezza 2018, corte de Sangiovese em sua maioria, unida com Montepulciano e um toque da Teroldego, que como esclarece o contra rótulo, é para aparecer com taninos. Estagia em barricas de carvalho francês e americano por 14 meses.
O visual é mais para o rubi, sem porém denotar bordas de idade. No olfato o frutado mais ácido se mostra com cereja e framboesa aparecendo primeiro. Depois um frutado cítrico de frutas de bosque, que não consegui definir bem, junto ao herbáceo fresco e especiarias, primeiro as picantes, o cravo se mostrou bem. O tostado da madeira vai surgir depois.
Em boca é outro vinho, e gosto desta coerência, que confirma integralmente o olfato, acrescido de ótimo frescor, um corpo mediano, taninos macios e bons. O tostado que surge no olfato se mostra como defumado em boca!
Mais um ótimo exemplar para harmonizações variadas. Como as carnes em múltiplas cocções, incluindo as com molhos. Massas com molho à base de tomates ficarão ótimas com o Rosso d’altezza. As carnes, já podíamos esperar um bom casamento para este vinho, mas as frituras ficam bem, tanto a banana, que é mais adocicada, quanto a polenta; ficaram ótimas!
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Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão