Meninas e meninos,
Vinhos da Península de Setúbal, que especial degustação foi a que aconteceu tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, proporcionada pela Comissão Vitivinícola da Região da Península de Setúbal-CVRPS- e promovida com eficiência e esmero pela André Fantoni da Interação Rede de Comunicação.
Os produtores comemoram aumento de vendas dos vinhos portugueses no Brasil com provas e os belos vinhos, tantos os tranquilos entre brancos e tintos, como os de sobremesa, os licorosos, os fortificados fantásticos, os famosos Moscatel de Setúbal.
Só para relembrar um pouco, para os que ainda não leram o Divino Guia sobre a região e suas uvas, sem ser muito didático, mas explicitando o essencial, as denominações são as seguintes:
Indicação Geográfica-I.G. Península de Setúbal -abrange todo o distrito de Setúbal com grande diversidade de castas, onde reinam brancos, tintos, rosados e espumantes de grande caráter. As castas mais plantadas e que podemos dizer, formam seu perfil vinícola são a Castelão, Syrah e Aragonês, como tintas e Moscatel de Setúbal, Fernão Pires e Arinto nas brancas.
Denominação de Origem-D.O. Palmela-abrange Setúbal, Palmela, Montijo e a freguesia de Castelo em Sesimbra. A Denominação de Origem-D.O. Palmela cobre a mesma área da D.O.Setúbal, porém não engloba a produção dos Moscateis de Setúbal, e seus vinhos podem ser brancos, rosados, tintos, espumantes e licorosos tendo a casta Castelão como diva, sendo exigida em ao menos 67% nos cortes tintos.
Denominação de Origem-D.O. Setúbal, como já disse, com a mesma área da D.O. Palmela, mas onde aparecem apenas os vinhos generosos-licorosos, os famosos Moscatéis de Setúbal tão apreciados. As castas são a Moscatel de Setúbal nas brancas e a Moscatel Roxo nos rosados, onde em cortes têm que aparecer com ao menos 67% com castas como Arinto, Fernão Pires e outras. De maneira geral na prática elas imperam nos vinhos sozinhas com 100%, e para nunca menos que 85%.
Falando um pouco da gastronomia especial das regiões de Setúbal e Palmela, temos o Queijo de Azeitão, elaborado com leite de ovelha; Salmonete, um dos peixes mais saborosos de Portugal; Feijoadas, que são guisados à base de feijão; Ostras cultivadas do Tejo e Sado; Sardinhas, onde Setúbal reina nesta iguaria que em todo Portugal se acha; Pinhões que nesta região produtora são famosos pela quantidade; Sal em finos flocos; e o Mel da Serra da Arrábida.
Um luxo entre a gastronomia e os vinhos imperdível para quem visita, para o turismo, para os admiradores da boa gastronomia e harmonizações com os vinhos.
Aproveitando o momento festivo, Henrique Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da Região da Península de Setúbal-CVRPS- comemora também o avanço nas importações dos vinhos para o Brasil, sendo que nos três primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, a exportação dos vinhos de Setúbal para o nosso país aumentou 88%.
Inúmeros produtores estiveram conosco mostrando seus deliciosos vinhos, mas me atenho aos de um prova, onde nove vinhos selecionados para dar um bom painel da região, foram mostrados em uma máster class.
1-Quinta do Piloto com o Piloto Collection Roxo Branco 2017
2-Adega de Pegões com o Fontanário de Pegões Castelão Tinto 2016
3-CW Comporta Wines com Vinhas da Comporta Tinto 2015
4-Filipe Palhoça com o Quinta da Invejosa Reserva Tinto 2015
5-Casa Ermelinda Freitas com o Quinta da Mimosa Tinto 2015
6-Antonio Saramago com o António Saramago Reserva Tinto 2010
7-Adega Camolas com o Moscatel de Setúbal 2015
8- Quinta Brejinho da Costa com o Moscatel Roxo de Setúbal 2012
9- Venâncio Costa Lima com o Moscatel Roxo de Setúbal 2014.
Só para não ser cansativo, pois todos os vinhos apresentados foram surpreendentes, como de costume nestas máster classes, meus favoritos dentre os vinhos tranquilos foram o Quinta da Invejosa Reserva Tinto 2015, delicioso, frutado de fruta confitada, coco no olfato, longo e equilibrado em boca.
CW Comporta Wines com Vinhas da Comporta Tinto 2015, com acidez incrível e equilíbrio total.
Dentre os fortificados o Quinta Brejinho da Costa com o Moscatel Roxo de Setúbal 2012, com floral, frutado confitado no olfato e em boca, doce de casca de laranja, um sutil canforado dando frescor no olfato, um luxo de vinho.
Venâncio Costa Lima com o Moscatel Roxo de Setúbal 2014 também, com doce de casca de laranja, melaço, especiarias, confirmando em boca o que o olfato ditou.
A mostra contou ainda com muitos bons vinhos e produtores destacados entre os mais conhecidos rótulos no mercado mundial, vinhos tintos, brancos e rosés tradicionais, além dos famosos Moscatéis de Setúbal. Entre os produtores participantes: Jaime Quendera, Adega de Pegões, Luis Simões e Pedro Santos, da Quinta do Brejinho da Costa; Joana Freitas, da Casa Ermelinda Freitas; Joana Vida, da Venâncio da Costa Lima; Filipe Cardoso, da Sivipa e Quinta do Piloto; Mário Cravidão, da CW – Comporta Wines; António Saramago Filho, da António Saramago Vinhos, Nuno Palhoça, da Filipe Jorge Palhoça Vinhos e Nuno Cândido, da Adega Camolas.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão