Meninos e meninas,
Grand Cru apesentou os vinhos da Masi Agrícola. Desta vez, tivemos um brinde especial, que apesar de virtual, para mim foi real, visto ter os vinhos Masi Costanera Amarone Clássico 2018 e Masi Bonacosta Valpolicella 2021 para provar enquanto a live acontecia.
Já degustei muitos vinhos da Masi, alguns em companhia do representante no Brasil, o sempre alegre Vincenzo Protti, que conheço faz bastante tempo. Desta vez, ele estava presente no virtual.
Quando transferi os textos do Blog Divino Guia, que foi hackeado, muitos deles se perderam , ou na retomada do blog, ou na passagem para o site. Um deles, curtinho, de uma série sobre vinhos italianos sobrou, quando ainda estavam na Mistral, hoje se encontram na Grand Cru que faz pouco tempo nos brindou com um Grand Tasting qcue fazia atempo não acontecia.
Vamos aos vinhos, mas antes, vejamos sobre como as uvas passificadas são usadas nos vinhos Amarone, Ripasso e Recioto.
Ripasso, vinho que é “repassado” sobre as sobras de mosto do Amarone, que utiliza as uvas passificadas(vindo de uvas passas: o termo, hoje com estas guerras acontecendo, é bom esclarecer, para que não seja confundido com pacificadas, desculpem-me ao resisti!), confere ao vinho um corpo e um caráter mais estruturado, aromas mais doces e um pouco mais de álcool.
Amarone utiliza as uvas passificadas, ou seja secas, em geral em varais ou camas, sofrendo a ação da ventilação, perdendo água, concentrando açúcares.
Para o Recioto também são utilizadas uvas passificadas que, após colhidas e selecionadas, são dispostas em prateleiras arejadas e deixadas secar e passificar (apassimento). Se houver excesso de umidade, são usados equipamentos de ventilação para impedir o mofo.
Esse processo-passificação- dura de 100 a 120 dias, onde as uvas perdem metade do seu peso, concentrando o açúcar, os polifenóis, principalmente o resveratrol, e a glicerina, que trará maciez ao vinho. Aqui pode acontecer também a presença de fungos nobres que respondem pela complexidade típica de sabores.
Durante o apassimento pode surgir o fungo Botrytis, responsável pela grandeza dos Sauternes e Tokajis. Ao final da secagem, as uvas são suavemente prensadas e passam por longa fermentação, que é interrompida antes do término do nível de açúcar, permanecendo parte do açúcar natural no vinho, que é doce.
Apresenta sabores intensos de chocolate amargo, uvas passificadas, especiarias e notas de raspas de frutas cítricas, como laranja e pomelo.
Os vinhos degustados foram: Masi Costanera Amarone Clássico 2018 e Masi Bonacosta Valpolicella 2021.
Masi Bonacosta Valpolicella 2021– Este agradável tinto nasce a partir de vinhedos localizados na nobre zona de Valpolicella Classico – aos pés das encostas nas quais são cultivadas as uvas para o Amarone. É uma área privilegiada, sob influência de suaves brisas e com uma exposição excelente – vem daí a inspiração do nome do vinho.
As variedades Corvina, Rondinella e Molinara são vinificadas separadamente e passam por estágio de quatro meses em grandes cascos de carvalho da Eslavônia chamados “botti”, sendo que 20% da Corvina maturam em barricas novas de carvalho francês.
Estilo jovial de vinho, com muita fruta no olfato e palato. Equilibrado, boa acidez, taninos macios e álcool em 12%.
Masi Costanera Amarone Clássico 2018- As uvas que compõem o Costasera Amarone della Valpolicella Classico(Corvina,Rondibella e Molinara) são cultivadas na zona de Valpolicella Classico, em encostas com vista para o pôr do sol e o Lago Garda – que reflete a luz solar, beneficiando a maturação das uvas. São vinhedos tidos como alguns dos melhores para se elaborar Amarone.
Após o apassimento das uvas, sendo que a Corvina desenvolve botrytis (podridão nobre), o que contribuiu em complexidade, ocorre a fermentação alcoólica em grandes cascos de carvalho da Eslavônia e também em inox.
A malolática é realizada e, em seguida, o vinho estagia em grandes cascos de carvalho da Eslavônia (80%) e em pequenas barricas novas e usadas de carvalho francês e da Eslavônia (20%), durante 28 a 30 meses.
Muita fruta, chocolate amargo e fumo de corda surgem no olfato. Em boca o tostado de grão de café, o chocolate, o frutado estão presentes. Longo, guloso, equilibrado em acidez, álcool em 15% que não se destaca, e taninos, um vinho para acompanha refeições variadas, queijos maduros e curtidos, queijos de mofo azul charcutaria.
Grande aquisição para a Grand Cru e Vissimo Group
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Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão