Meninas e meninos,
Levei o vinho Perdriel Series Malbec 2014 para degustar em um churrasco que aconteceria no interior paulista.
Primeiro tive o cuidado de resfria-lo um pouco mais que o habitual, próximo aos 15ºC, pois no momento do churrasco, fazia perto dos 32ºC no local, e em seguida, o degustei para ver como se comportava mais frio.
Gostei, sua acidez ficou levemente mais marcada, facilitando inclusive para a “pegada” dos diversos tipos de cortes de carnes da festa carnívora.
Neste exemplar safra 2014, proveniente da Finca Perdriel, centenária, o contrarrótulo menciona parreiras que vão dos 50 aos 80 anos de idade, muito violáceo ainda, no olfato veio logo um monte de especiarias doces, daquelas que por vezes não as distinguimos isoladamente, cardamomo, nos moscada, canela, cravo, funcho, que com o passar do tempo em taça e o vinho se aclimatando a temperaturas mais altas, vi serem as especiarias mais picantes as que se sobressaiam como o cravo e pimenta.
O frutado aparece soberbo principalmente as ameixas pretas em calda, mas também cereja, e logo mais ao fundo um floral sutil, mas presentes, enquanto o vinho se acalmava em taça.
Em boca, como disse anteriormente, o primeiro gole realçava sua boa acidez, me orientando para carnes mais suculentas e com teor de gordura médio.
A pimenta aparece também em boca, o frutado em compota, e as especiarias picantes, e com o tempo, o final de boca apresentou um leve achocolatado que lembrava um bombom ao licor.
A madeira, pois esta safra passou cerca de 12 meses em barricas de carvalho francês de 1º e 2º usos, não aparece, estando bem equilibrado o vinho em suas vertentes acidez, taninos e álcool, que no rótulo descreve 13,5%.
A carne que melhor harmonizou foi um suculento T Bone, não muito gordo, ao ponto para menos, mas ficou bom com outros cortes também.
Creio que com queijos mais maduros deve ficar perfeito, e para aperitivar, o salaminho e a copa vão muito bem.
Bom Malbec para as carnes vermelhas em geral, braseadas e grelhadas, carnes de cordeiro e aves de caça.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão