Meninas e meninos,
Nem sei quantas vezes nestes seis últimos meses vocês viram postagens minhas sobre o Restaurante Basilicata, o que demonstra que realmente tenho ido variadas vezes, com a família, com amigos, sempre com mais alguém, ao que hoje, como local para refeições, me emociona pela qualidade e preços justos.
Não vou ficar repetindo que devem ir, pois cada um tem suas preferências na gastronomia, mas creio que todos tenham simpatia pela culinária italiana, que, aliás, é muito praticada em nosso dia-a-dia da cozinha, mesmo por aqueles que não tenham ascendência.
Surpreende-me muito em dias como os atuais, onde se dizer “Chef” parece ser alvo de muitos que buscam ser reconhecidos e famosos, no rastro de pouquíssimas estrelas de fato da gastronomia, deixando este termo de ter significado de hierarquia na profissão, para passar a formação acadêmica, como se isto fora verdade!
O jovem Chef Rafael Lorenti, pelo que venho observado é de fato um Chef, pela dedicação ao trabalho, pela sua vocação desde jovenzinho-seu pai Ângelo, me disse isto- e pelo bom desempenho de sua cozinha que posso traduzir como afetiva mesmo, pois tem raízes na família Lorenti, onde seus membros, avós, pais, tios gostam e sempre se aventuraram na cozinha, como sempre acontece nas “famiglia” italianas.
A renovação do cardápio, na verdade, vem completar os anseios do Chef Rafael, para celebrar a cucina povera do Sul da Itália, “Combinações não usuais e mais opções para ousar na escolha de pratos e acompanhamentos são os grandes diferenciais que serão visíveis nessa mudança”, diz o Chef Rafael Lorenti, que com pouco tempo desta casa já recebeu, por conta de sua representatividade gastronômica em São Paulo, o Silver Plate da ACCADEMIA ITALIANA DELLA CUCINA – respeitada Instituição Cultural reconhecida mundialmente.
Como de costume, comento o que comi e vi, então, claro, a Guimirella, eu reparti com o pai do Chef, o Ângelo Lorenti, pois tenho que comer esta iguaria feita lá, e também pedi o torteloni de Caccio Cavalo- a grafia vem da página do Roni, banca de onde provém o queijo, pois via tantas maneiras de escrita que tive que me definir, e como o queijo é do Roni… A entrada, uma novidade, é a deliciosa Cotoletta di Maiali, que é perfeita para dois, visto vir bem servida, como, aliás, todos os pratos da casa.
O Vittorio Lorenti, pediu também um novo prato do cardápio o Spaghetti Caccio e Peppe, mas este não provei porque já havia bastante para mim, que antes dos pratos, comi o famoso pão da Basilicata, e como coquetel de entrada o Basilicata Rosso, versão do meu coquetel preferido o Blood Mary, que é feito com grappa bianca, aceto balsâmico ao vermouth tinto. Bom, mas prefiro o tradicional que já provei lá e é ótimo, porque a grappa deixa um aroma adocicado que a meu ver não combina com o Blood Mary, mesmo sendo releitura.
O vinho foi uma escolha do Vittorio que gosta desta parte, e renovou também a carta, contendo muita variedade, incluindo algumas opções de brasileiros, sem contar com o empório, que vende os vinhos e estes podem ser levados à mesa pelos clientes sem problemas.
O vinho do nosso almoço, e muito apropriado para os pratos, foi um italiano, o Savuto Odoardi, vinho calabrês de boa acidez, bom corpo, mas me disse o Vittorio, que poderia ter colocado um brasileiro dentre os que ele tem na carta. Só para se ter uma ideia de como vender vinhos aliado à gastronomia faz um contraponto perfeito, entre o empório e o restaurante vendem cerca de 1200 garrafas/mês!
Para dar um entendimento melhor, o novo cardápio tem mais de 12 pratos novos, dentre eles o Spaghetti Caccio e Peppe – spaghetti com pecorino e pimenta do reino; Gnocchi D’Oro – gnocchi tostado acompanhado de ricota fresca, tomatinhos e rúcula; Polipo e Gamberi – polvo e camarões com molho roti, acompanhados de batata rústica com pancetta e tutano.
Claro está que pratos tradicionais do cardápio de inauguração, continuam, pois os clientes os pedem, assim como eu a Guimirella; há os tradicionais Maltagliata Dei Poveri – maltagliata com fava e pancetta; Spaghetti Alla Carbornara Di Catanzaro – receita tradicional do sul da Itália com gema de ovo caipira, pancetta, pecorino e porva; -Baccalá Molicata – bacalhau da família, acompanhado de tomatinhos, pimentão grelhado e cebola roxa.
O melhor de tudo é que a maioria dos pratos tem valores muito apropriados para a qualidade, trazendo uma ótima relação preço X qualidade. As sobremesas também têm novidades, mas estas deixo para os leitores descobrirem quando forem provar as delícias da casa.
Basilicata – Pão, Empório e Restaurante
Endereço: Rua Treze de Maio, 596, Bixiga, São Paulo, SP.
(11) 3289-3111.
Funcionamento Restaurante: terça a quinta (12h às 15h30 e 19h30 às 23h30), sexta e sábado (12h às 15h30 e 19h30 à 1h) e domingo (12h às 17h).
Funcionamento Padaria e Empório: segunda a sábado (7h30 às 22h) e domingo (7h30 às 17h).
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão