Meninas e meninos,
Faz alguns anos que escuto esta frase, e já escrevi, falei em consultorias, e até informalmente já discuti o tema com interessados, o caso é que: INVESTIMENTO EM VINHO É UM BOM NEGÓCIO SE FOR BEM CONDUZIDO!
Sim, como todo e qualquer investimento há de se destacar o profissionalismo e competência de quem o gera e gerencia, pois pode ser ótimo, mas pode também acarretar um enorme prejuízo financeiro, apesar da piada sempre contada sobre o assunto, que se der errado, ao menos se pode beber o prejuízo, beber o estoque, beber o lucro se houver etc…
Na foto temos os seguintes vinhos: Verdelho-Solera-1870-Chianti-Classico-Riserva-Duilio-Fossi-1959-Jerez-Oloroso-Pedro-Domecq-Doble-Century-1930-e-Barolo-Vigna-Della-Sarmassa-DOC-1978-Marquesi-di-Barolo-1978.
Permito-me aqui transcrever um texto do mestre Ennio Federico sobre investimento em vinhos. Há muitos e bons vinhos em guarda de pessoas que sabem como trata-los da melhor maneira para se conservarem íntegros, e quem sabe poderemos em breve chegar a poder comprar estas raridades que estão em poder de wine experts!
“INVESTIR EM VINHOS
Investir em qualquer coisa é arriscado. Compra-se para vender depois. Há dezenas de tipos e formas de investimento principalmente no mercado financeiro O resultado é incerto e depende de muitas variáveis alheias do investidor para que no momento da venda, qualquer que seja o motivo, ela tenha sido lucrativa. As decisões de comprar ou vender são muitas vezes tomadas por recomendação de profissionais que acompanham esses mercados extremamente dinâmicos. Ou seja, pode-se até ganhar ou perder muito dinheiro de um dia para o outro. Há um tipo de investimento, porém cujo resultado leva anos para ser conhecido e depende exclusivamente do conhecimento do investidor, sem intermediários. É o investimento em vinhos.
Quem nunca pensou nisso e ficou interessado é bom saber que isso não vale para qualquer vinho. Somente os de guarda, das melhores regiões e de safras excepcionais ou clássicas. Para valoriza-los ao longo dos anos – além de bem guardados e com rótulos intactos – é fundamental terem sido pontuados com notas acima de 90 por especialistas com credibilidade mundialmente reconhecida. Garrafas dos mais prestigiados Chateaux de Bordeaux e Borgonhas dos grandes produtores são as mais indicadas. Elas começam a ter alguma perspectiva de lucro a partir de uns 15 anos da safra.
A compra de garrafas destinadas a investimento é normalmente feita no lançamento. Deve ser baseada numa previsão preliminar da qualidade da safra fornecida pela mídia especializada. Depois é só aguardar que essa previsão se confirme e que respeitados degustadores deem sua opinião sobre os vinhos adquiridos. Quanto maior a nota melhores serão as expectativas de ganho com a venda desse patrimônio “líquido”. Um problema que ainda existe no Brasil é onde vender quando chegar a hora ou precisar. Os importadores não recompram e o bem não é papel negociável em bolsa, é físico. A alternativa é oferecer para pessoas conhecidas e que nem sempre dá certo.
Já há alguns anos começaram a surgir leilões de vinhos organizados por pessoas ligadas ao tema. Inicialmente eram leilões físicos que demandavam grande trabalho para visitar as adegas, selecionar e avaliar as garrafas, contratar um leiloeiro, providenciar catálogo, local para exposição, divulgação e estrutura completa para o dia marcado com duração de poucas horas, sem mencionar as providências do day after. Mais recentemente organizaram-se leilões virtuais pela Internet, muito mais fáceis de montar e abertos para lances por até 15 dias. O fato é que ainda estamos longe de oferecer ao investidor em vinhos condições para que ele coloque suas garrafas à venda na hora que quiser e tenha publico comprador pronto para arremata-las.
De qualquer maneira quem investir em vinho sempre sai ganhando: vendendo com lucro terá sido um bom investimento; se não vender, na pior das hipóteses terá excelentes garrafas para abrir e beber com amigos”.
Ennio Federico
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão