Meninas e meninos,
Carménère a uva Fênix na Cellar Collection CYT nos brinda sempre com ótimos vinhos desta cepa emblemática para o Chile. A Carménère, digamos assim, ressurgiu das cinzas no Chile, após ter sido quase extinta pela filoxera no século 19, em Bordeaux.
Quando ressurgiu no Chile , graças ao plantio de vinhas desta cepa trazidas por imigrantes franceses, cresceu e se proliferou vindo a ocupar cenário de destaque na vitivinicultura chilena. Na Concha Y Toro, dois ótimos exemplares interpretam a grandeza da Carménère na especial seleção de rótulos Cellar Collection: Terrunyo e Carmín de Peumo, cada um revelando características e personalidades distintas. Para melhor explicar sobre estes rótulos, nada como uma masterclass com o enólogo responsável Marcio Ramirez.
Carmín de Peumo 2018, integrante da The Cellar Collection, apresenta tonalidade vermelho escuro profundo com tons violeta. No nariz, é muito elegante, complexo e mineral, com notas de amora e um toque de cassis. Em a boca, bela acidez(frescor), com taninos maduros e elegantes. Profundo, concentrado, longo, com sutil grafite( minerail) e características do terroir de Peumo. Tem 14,5% de graduação alcóolica, elaborado nesta safra com 95% de Carménère, e 5% de Cabernet Franc. Estagia cerca de 15 meses em barricas.
Terrunyo 2018, também da Cellar Collection, foi o primeiro vinho a ter a identidade Carménère em seu rótulo, em 1998, é o melhor embaixador de Peumo, um dos melhores terroires para esta cepa. Profundo, de cor púrpura escura, mostra todo o caráter da Carménère, com notas de mirtilos e bagas, cedro e violeta. Em boca é fresco e frutado. Delicado, com acidez rica e taninos doces, fruta abundante e final longo e generoso. Também apresenta sutil mineralidade. Estagia 9 meses em barricas, 14% de álcool.
Estima-se que a Carménére tenha chegado ao Chile entre 1840 e 1890, misturada com outras variedades de videiras tintas trazidas por viticultores chilenos convencidos do grande potencial destas terras para o desenvolvimento do vinho. Durante décadas, a cepa foi cultivada na crença de que era uma variedade chilena de Merlot, conhecida como “Merlot chileno”. Em 1994, o ampelógrafo francês Jean Michel Boursiquot, visitando o país, identificou o “Merlot chileno” como Carménère. Redescobrir essa uva tinta no país teve enorme relevância na história do vinho chileno.
Vinhedo Peumo
Peumo é uma das vinhas mais antigas da Concha Y Toro e berço de seus elegantes Carménère. O vinhedo está localizado a 170 metros acima do nível do mar e se estende ao longo do rio Cachapoal, em socalcos da Cordilheira da Costa. A primeira vez que a Viña Concha y Toro plantou esta variedade foi em Peumo, onde se desenvolveu extraordinariamente e se enraizou na região. As vinhas correspondem a estacas pré-filoxera e são conduzidas em treliça vertical e cordão.
Descobriu-se que a Carménère prefere solos profundos que contêm proporções semelhantes de argila, lodo e areia. Estes solos devem proporcionar uma boa drenagem, mas ao mesmo tempo serem capazes de reter água, permitindo à uva desenvolver uma folhagem ativa, e assim, conseguir uma evolução lenta dos seus frutos sem alterar o seu processo de amadurecimento até ao dia da colheita.
Para a cepa Carménère, o dia da colheita é crucial. Se feita com antecedência, o vinho ficará rústico e desequilibrado. Para saber se a uva está pronta para ser colhida, ela deve ser degustada diretamente da videira, considerando apenas a casca e descartando a polpa e as sementes. Se a casca dos grãos estiver áspera ao mastigar e forem percebidas notas de páprica e pimenta, deve-se esperar.
Uma das características mais marcantes da cepa Carménère é a cor carmim que suas folhas adquirem no outono. Graças ao excepcional terroir e às parreiras de Peumo, os vinhos produzidos com a Carménère na Concha Y Toro são maduros, com frutas vermelhas e pretas, notas suaves de figo e sem as notas apimentadas que caracterizam o Carménère de outras regiões do Chile.
Sobre a Viña Concha Y Toro
Com mais de 135 anos de história, a Viña Concha y Toro é empresa líder no segmento de vinhos. Segundo dados da consultoria Wine Intelligence, atualmente é a maior exportadora de vinhos da América Latina e uma das principais marcas de vinho do mundo presente em mais de 130 países.
Sediada em Santiago do Chile, possui 12.313 hectares de vinhedos plantados nos melhores vales vitivinícolas do Chile, Argentina e Estados Unidos. Tem 13 escritórios de vendas em seus principais mercados ao redor do mundo. Em 2021, a Viña Concha y Toro tornou-se uma Certified B Corporation, concedida para as empresas comprovadamente comprometidas com a agenda ESG.
No Brasil, a VCT, filial e distribuidora do Grupo Concha y Toro, representa no país todos os produtos das vinícolas Concha y Toro, Trivento e Bonterra.
@cellarcollection.conchaytoro
O almoço servido no ótimo Figueira Rubaiyat
completou soberbamente os vinhos apresentados.
Para dúvidas
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão