Meninas e meninos.
Dão com Dirceu Vianna Jr-MW brasileiro e no Manioca, evento realmente especial. Conto agora sobre este encontro fantástico ocorrido ano passado. Sempre gostei dos vinhos do Dão, pois brancos ou tintos, envelhecem muito bem, sendo alguns muito longevos. Gosto muito da casta Jaen também chamada Mencía na Península Ibérica.
Dos brancos, com toda a certeza a Encruzado é a imagem do Dão, uva que se porta muito bem tanto com barricas como sem passagem por madeira. Mas, certamente, quando amadurece em madeira, é complexa, estruturada, elegante e longeva.
Estar com o Dirceu Vianna é sempre uma aula, e não foi diferente nesta ocasião, onde a convite da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão), da Organização Vinhos de Portugal e do amigo Alfredo Rente, degustamos joias do Dão.
A região dos Vinhos do Dão, vem se destacando com a Touriga Nacional para vinhos tintos, e a Encruzado, nos vinhos brancos. E neste almoço degustamos vários exemplares.
A CVR Dão promoveu um almoço para jornalistas especializados, trazendo o conhecimento sobre os vinhos da região no espaço Manioca. A qualidade e a versatilidade dos vinhos desta região de Portuga foi apresentada pelo Master of Wine Dirceu Vianna.
Tivemos a prova de rótulos antigos, do Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, além dos elaborados pelos seguintes produtores: Adega de Penalva, Caminhos Cruzados, Casa de Cello, Casa de Mouraz, Global Wines, Juliana Kelman, Lusovini, Niepoort,
Quinta da Mariposa, Quinta da Fata, Quinta do Mondego, Quinta dos Monteirinhos, Sogrape e Vinhos Borges.
Durante o almoço houve uma harmonização dos rótulos com o menu de gastronomia contemporânea brasileira, elaborado por Helena Rizzo, eleita em 2014 a melhor Chef mulher do mundo pela revista Restaurant.
“O nosso objetivo é exportar 50% dos vinhos produzidos na região, por isso estamos este ano a realizar várias ações de internacionalização não só na Europa, como na América e Ásia, de forma a dar a conhecer os nossos vinhos a novos mercados. Neste âmbito, o Brasil é um mercado estratégico para nós, porque tem crescido muito e os nossos vinhos têm sido bem aceites”, explica o Presidente da CVR do Dão Arlindo Cunha.
Ganhando destaque no mundo, vem se afirmando com a sua excelência em vinhos portugueses, através do seu carácter e elegância. O Dão se mostra como uma área produtora de vinhos “boutique” e pela elevada expressão de “Family Wine Grower´s”.
A Encruzado, casta emblemática para os vinhos brancos da região, proporciona grandes exemplares. Por sua grande capacidade de envelhecimento e evolução, frescor e mineralidade, muitas vezes se compara aos Bourgogne.
A Touriga Nacional, casta autóctone do Dão, dá vinhos concentrados, frescos e elegantes como só uma região granítica e envolvida por maciços montanhosos pode proporcionar. Destacam-se também pela sua inquestionável capacidade de envelhecimento e evolução na garrafa.
Resultado; temos vinhos nobres, elegantes, com elevado potencial de guarda.
Sobre a CVR Dão.
Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão), é a entidade que representa os interesses dos agentes econômicos envolvidos na produção e comercialização dos vinhos que possuem a Denominação de Origem Controlada (DOC) Dão.
À organização compete garantir a sua genuinidade e qualidade, pelo que os submete a uma rigorosa coordenação e controle. Simultaneamente, a CVR do Dão apresenta funções de certificação e autenticação dos vinhos, através da atribuição de Selos de Garantia, sendo responsável pela sua promoção.
“Assim é o Dão. Entre o fascínio do granito e a magia da vinha; entre a imponência da montanha e a fragilidade do rio que lhe dá o nome; entre o silêncio da história e a memória que dela guardam os vinhos, nos seus tonéis sem tempo nem idade. Assim é o Dão. Terra de gentes e memórias. Terra de história. Terra-mãe de um vinho que dela herdou a beleza, a magia, o saber, a tradição, que se alongam num sabor que o tempo não dilui. Trazemos no olhar, na boca, na alma, a elegância de um aroma aveludado e mágico que perdura como poucos: um longo sabor a Dão. Um prazer que perdura”. (Carlos André, Faculdade de Letras de Coimbra).
Os vinhos da Juliana Kelman me chamaram muito a atenção. O Dão do Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão-Nelas 1995 acredito foi o preferido em termos de aceitação pelos presentes. Vinho simplesmente espetacular, e como disse Dirceu Vianna, história na taça.
Obtido a partir das seguintes castas recomendadas: Encruzado: 21%; Borrado das Moscas: 14%; Malvasia Fina: 10%; Cercial Branco: 13%; Uva Cão: 1%; Gouveio: 5%; Barcelo: 14%; Rabo de Ovelha: 17% Terrantez: 5%.
Outro vinho que me chamou a atenção foi o Dão Kelman Reserva Colheita tinto 2013, Fruta presente no olfato e boca, a mineralidade do Dão surge forte, e ótimo frescor.
Muitos dos vinhos degustados foram sensacionais. Não vou repetir que foi uma aula este almoço, mas fico sem saber como me expressar senão desta maneira. Baita aula!
Obrigado pela oportunidade de estar presente nesta ocasião.
Wines of Portugal http://www.winesofportugal.com/br/
Alfredo Rente https://www.opalpublicidade.pt
Carol Orantes https://orantesc.com/
Manioca-Helena Rizzo www.manimanioca.com.br
Dirceu Vianna Jr. http://www.viannawine.com/
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão