Meninas e meninos,
Quinta de São Sebastião Arreio Tinto 2018 foi uma surpresa muito boa. Os vinhos da Quinta de S. Sebastião, vinhos da região de Lisboa são muito interessantes e expressam uma jovialidade enológica que difere de muitos outros vinhos regionais Lisboa.
CVRLisboa
Visitei a Quinta de S. Sebastião ano passado em uma press trip organizada pela Joana Rute Carmo para a Comissão Vitivinícola Regional Lisboa –CVR Lisboa. Os Vinhos de Lisboa seguem as normas e orientações da CVR Lisboa que nada mais é que uma associação à qual compete controlar a origem, garantir a genuinidade e promover os produtos vínicos das IG’s e DOC’s da região.
Denominações de Origem
Denominação de Origem Controlada Alenquer, Arruda, Bucelas, Carcavelos, Colares, Encostas d’Aire, Lourinhã, Óbidos e Torres Vedras e também o Vinho Regional Lisboa. Para saber mais leia aqui no Divino Guia
Quinta de S. Sebastião
Da paixão de António Parente pela Região da Arruda dos Vinhos, pela vinha e pela sua Quinta, nasceu um projeto único e ambicioso. Mais que produzir vinhos de excelência, caráter e com a identidade forte que os definem, António Parente quer partilhar com o mundo o que de melhor se faz em Portugal e fazer renascer a paixão pelos vinhos da região de Lisboa.
“Somos uma vinícola pequena, com 10 hectares de vinha. Nesses hectares da Quinta, produzimos a linha Quinta de S. Sebastião. Num raio de 5 km na Arruda dos Vinhos, nós compramos as uvas dos viticultores da região (supervisionadas pelos nossos enólogos Filipe Sevinate Pinto e Vasco Fernandes), e ai fazemos todas as outras linhas. No ano de 2018 compramos 800 toneladas de uva e produzimos 1 milhão de garrafas” comentou à época da visita Luis Miguel Diniz área Manager.
Os vinhos degustados
Os vinhos degustados na visita foram: S. Sebastião Rosé 2018, S. Sebastião Branco 2018, S. Sebastião Sauvignon Blanc 2018, Quinta de S. Sebastião Branco 2017, S. Sebastião Arinto 2017, Quinta de S.Sebastião Cercial 2015, Mina Velha Tinto 2018, S. Sebastião Touriga Nacional 2017, S. Sebastião Reserva 2016, Quinta de S. Sebastião Reserva 2015.
Destes vinhos, me surpreenderam os brancos, especialmente o Cercial, pelo frescor, além de muito gastronômicos. Como dizia, visitei esta linda quinta e verifiquei de perto a qualidade dos vinhos e a jovialidade dos mesmos, apresentando principalmente uma orientação enológica voltada para contemplar a leveza e o frescor-acidez.
Mas quero mesmo falar de um vinho da Quinta de S. Sebastião que degustei já aqui no Brasil, o Arreio tinto, vinho elaborado especialmente para o mercado brasileiro, corte de 70% Touriga Nacional e 30% Cabernet Sauvignon.
Também foi elaborado um Arreio branco que ainda não degustei, corte de Semillon e Fernão Pires.
Arreio tinto
Visual bem rubi com sutil violáceo. Olfato frutado com frutas vermelhas e negras, algumas especiarias, provavelmente originadas pelo Cabernet Sauvignon, pois o vinho não amadurece em carvalho, e o floral característico da Touriga Nacional.
Em boca é essencialmente frutado, ligeira predominância de frutas negras sobre as vermelhas mais frescas. Ótimo equilíbrio entre acidez, taninos e álcool na casa dos 13,5%. Surgem notas à pimenta com o esquentar na taça;
Harmonização
Eu, na harmonização, coloquei o vinho com carne vermelha na brasa, picanha e contrafilé. Também se deu bem com cogumelos sortidos no papelote, apenas com sal e azeite, feitos na brasa.
Vinho gostoso do início ao fim, e pode ser encontrado na Brindisi Vinhos
Importado pela Nwines
instagram @nwines (84) 99684-9963
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão