Meninas e meninas,
Vinhos da Associação Colchagua Singular reúne produtores vinhateiros deste vale do Chile, sendo eles definidos como pequenos, produtores únicos de lugares únicos, e com muita qualidade.
Fui convidado a conhecer alguns deles e seus vinhos que até por serem de pequenas produções alcançam dificuldades grandes para que sejam mais conhecidos fora do Colchagua e do Chile.
Colchagua Singular tem sob este nome as seguintes vinícolas, ou bodegas: Bodega Caven, Cultra Vinos, L’Entremetteuse, Viñedos El Huape, Lugarejo, Maturana Wines, Viña Nahuel, Nerkihue, La Pascuala, Travesía e Villalobos.
Sob a condução do conhecido enólogo José Ignacio Maturana, seu presidente e proprietário da Maturana Wines, na apresentação que participei, comentando sobre a associação, que dentre muitas razões que poderia indicar, falou que a principal era o incremento das vendas dos vinhos dos associados, além de fomentar o turismo ligado aos vinhos.
Disse também que os associados do Colchagua Singular não devem ultrapassa em produção as 50.000 garrafas, que as uvas utilizadas sejam do Valle de Colchagua, sua vinificação e engarrafamento também sejam no mesmo Valle.
Assim unidos e em conjunto Maturana colocou que simplifica para os pequenos produtores o processo também se quiserem, da exportação, compra de insumos e técnicas.
O aumento e exploração consciente do turismo, questão fundamental para serem mais conhecidos e também para o progresso dos produtores, deverá contar com uma Rota Singular, que deverá antes de tudo somar com as rotas e turismo já existentes nas vinícolas que exploram o setor.
Nesta rota os próprios vinhateiros, sem intermediários devem receber os turistas e conversar sobre seus vinhos, modos de produção, vinhedos, cepas e demais assuntos, tornando o turista quase que protagonista.
Os vinhos degustados foram:
1- Chiflao um vinho da cepa País safra 2017
2- Semillon da Maturana Wines, que vinifica esta cepa 30% com suas peles, leveduras nativas.
3-Naranjo Torontel da Maturana Wines, muito bom este exemplar também vinificado com as peles das uvas, e leveduras indígenas.
4-Negra, cepa autóctone que está sendo recuperada e tradicionalmente era usada para os Pisco, este vinho me agradou muito!
Maturana Wines projeto pessoal de José Ignacio desde 2011 com uvas de Marchigue com a bodega em San Fernando, e interferindo minimamente na vinificação.
5-Viña Travessia muito nova nasceu em 2014 com produção total de não mais de 3300 garrafas em duas linhas, o que degustei foi o corte das uvas muito bom.
6-Villalobos Viñedo Silvestre Carignan 2016 leveduras indígenas, 18 meses em barricas francesas com mais de três usos. Muito bom também.
7-Lugarejo este vinho apresentou um curioso olfato de farinha de trigo, 12 meses em barricas e somente 820 garrafas.
8-Artesana La Pascula um Carmere, o nome se remeta à bisavó dos proprietários.
9-Aprendiz outro corte com uvas 40% Syrah; 40% Cabernet Sauvignon; 9% Cabernet Franc e o restante Petit Verdot.
10- Viñedos Nerkihue, desta bodega o vinho Justo 2007, um 85% Syrah e 15% Petit Verdot espetacular. Solos graníticos fazem deste vinho, mesmo com esta idade ainda muito mineral. Para mim um exemplo vivo do que a associação Colchagua Singular que mostrar.
11-Fanoa Family com uma plantação de grande adensamento 12.500 plantas/ha
12-Viña Nahuel, blend de 50% Cabernet Sauvignon, 30% Carmenere, 13% Malbec e 7% Syrah, o vinho do Puma, já que Nahuel é Puma em língua nativa, somente 1000 garrafas.
13-Bodega Caven – Em Marchigue faz seus vinhos passaram por barricas e depois um tempo em garrafa, o vinho provado é um corte de 75% Syrah e 25% Cabernet Sauvignon.
14-L’Entremetteuse, projeto coletivo de franceses amantes do Chile com a enóloga que conheci na Las Niñas, a Laurence Real, bom vinho corte de 57% Syrah; 29% Cabernet Sauvignon; 9% Carmenere e 5% Cabernet Franc.
Para conhecer mais o contato do José Ignacio Maturana [email protected]
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão