Meninas e meninos,
Santa Cristina Rosso ou simplesmente Santa Cristina, é um IGT da casa Antinori da Toscana que dispensa apresentações. Corte de algumas uvas internacionais unidas à Sangiovese, este vinho foi criado justamente para atender os consumidores que queriam um vinho mais redondo em acidez e taninos.
A Sangiovese quando é atuante nos varietais, dependendo da proposta do enólogo, e sempre é ele quem faz as propostas dependendo das uvas, das safras e das maturações em aço ou madeira, por vezes leva alguns anos para se equilibrar em todo seu potencial.
Uva bastante marcada pela acidez, por vezes também tânica, faz com que alguns consumidores a prefiram sempre acompanhada de gastronomia, principalmente as que levam molhos ácidos, como os vermelhos à base de tomates.
Mas porque não fazer um vinho que também possa ser prazeroso em ser degustado solo, sem a preocupação de se ter alguma gastronomia por fazer parelha? Então eis que em 1946 o Santa Cristina Rosso, surge para atender esta demanda, e com a Merlot dentre as uvas do corte, “amaciando e aveludando” por assim dizer a Sangiovese.
Mas não só a Merlot, a Cabernet Sauvignon e a Syrah, uvas que se deram muito bem na Toscana fazem parte do corte do Santa Cristina, e claro, estas proporções entre elas podem variar dependendo das safras, mas sempre a Sangiovese será maioria no corte.
A safra 2015 que degustei acompanhado de uma harmonização tradicional com molho vermelho à base de tomates e com um ragu de carne foi uma lasagna verde, a grafia da palavra lasanha é para acompanhar a origem do vinho!
Bastante queijo pecorino; poderia ser o parmesão, mas o pecorino que é feito com leite de ovelha, pecora no italiano, é para meu paladar mais apropriado para um vinho com corte de Cabernet Sauvignon e com Syrah.
No olfato as frutas aparecem, e as especiarias também, sendo ambas confirmadas em boca, seguidas de um frescor muito agradável que sugere harmonizações com queijos amarelos maturados, carnes vermelhas assadas sem muita graxa, e claro, molhos vermelhos principalmente os mais especiados. Também pensei que este vinho possa encarar um ragu de cogumelos acompanhado de uma polenta mais para mole que rija, a ser testado em uma próxima ocasião.
Quem importa este vinho é a Winebrands.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão