Meninas e meninos,
Marché Jean Talon traduz o que sempre procuro quando estou em um país, em um estado, em uma cidade ou mesmo em um lugarzinho que para mim é desconhecido, inédito, nunca antes visitado, pois a primeira coisa que faço é ir ao mercado local.
Gosto de cozinhar, amo comer e beber desde que sejam alimentos bem preparados e com gosto, e bebidas bem feitas e de qualidade, portanto ir aos mercados e visitar as bancas e lojas de produtos, locais ou não, é um imenso aprendizado e me trás cultura.
Em Montreal o Marché Jean-Talon é visita obrigatória para os que como eu, gostam de conhecer produtos, ver coisas novas e diferentes das que vemos mais cotidianamente, e ver os hábitos alimentares do povo e da região.
Vi que a carne de cavalo é muito procurada, assim como as carnes de bisão e de alce. As carnes de coelho e as de pato são quase triviais, e as de galinha d’Angola também. Os embutidos, as geleias, as especiarias, as cervejas e vinhos locais, e claro, os queijos.
Visitei uma loja que fica atrás do Marché Jean-Talon, a Le Marché des Saveurs du Quebec; há muitas outras, mas como a neve não para de cair, e atrapalha demais principalmente para quem é dos trópicos e não está acostumado com ela, entrei e lá fiquei saboreando os Ice Cider muito distintos entre si, e os maravilhosos queijos que o simpático Simon fez questão de mostrar.
Todos os queijos são de Quebec como frisou Simon, e provei alguns, seguindo o meu estilo de queijos mais “fortes” nos aromas e sabores começando pelo Kénogami muito próximo do Reblochon. Gostei tanto que comprei um bom pedaço.
Depois degustei o Glondines, muito especial e macio, massa cozida, depois um que me agradou muito também o Alfred le fermier que leva o nome do bisavô dos produtores Bolduc. Queijo de leite cru de vaca e maturado por 9 meses, textura deliciosa, macio, com aroma sutis de frutas secas e ervas secas.
Aí vem mais um que homenageia o queijeiro, o Zacharie Cloutier, artesanal de leite de ovelha cru, e que tem recebido muitos prêmios em concursos, o queijo realmente é sensacional.
Finalmente o Étoile Bleu, um queijo de mofo azul muito macio e que derrete na boca, outro destes das amostras que adorei, pois gosto dos queijos de mofo, principalmente os azuis.
Foram cinco amostras deliciosas, então aproveitei e comprei um pedaço de uma terrine de coelho com trufas, uma baguete de fermentação natural, e em outra loja, esta já perto do hotel o vinho branco de Quebec, sensacional corte da hibrida Vidal, muito utilizada para os Ice em geral com Chardonnay o Cuvée Natashquan 2016 com apenas 5000 garrafas e todas numeradas.
Vidal ou Vidal Blanc é uma uva branca híbrida de Ugni Blanc ou Trebiano com a nossa muito conhecida do sul do Brasil, a Seibel. Em tempo que a Seibel é designação de muitas variedades americanas Americana.
O vinho tem aromas a frutas secas e um fundo floral, mas logo surge um cítrico. Confirma em boca o frutado seco e o mel(floral), ambos creio que da passagem da Chradonnay por madeira.
Volto a repetir, não deixem de visitar o Marché Jean-Talon e claro o Le Marché de Saebeuveurs du Quc.
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão