Meninas e meninos,
Brandina são os rótulos da Vinícola Villa Santa Maria, e são homenagem à Vó Brandina a matriarca da família e inspiração para que se pusesse seu nome na série de vinhos. Segue um pouco da história contada no site:
“A história da Vinícola Villa Santa Maria começou como a de outras tantas famílias, que um dia saem do interior para morar na capital, e depois de um tempo passam a sonhar em voltar para o interior.
Com a nossa vida indo a mil por hora, resolvemos achar um lugar para recarregar as energias nos finais de semana. Assim, chegamos ao Vale do Baú. Às vezes nos perguntam; como vocês descobriram esse lugar? Na verdade, nossa família veio daqui, nasceu nesse lugarzinho lindo. Por isso foi uma redescoberta. Parece que já fazíamos parte daqui, desde sempre.
Entre 2000 e 2001 compramos uma área e construímos nossa casa. Em seguida começamos a planejar o plantio de uvas, com o sonho de um dia ter uma vinícola. Era uma ideia bastante arrojada, uma vez que ninguém jamais tinha tentado esse tipo de cultivo em São Bento do Sapucaí.
Era preciso arriscar, e começamos então nossas experiências em 2004. Ao saber de um grupo que estava iniciando o plantio de vitis viníferas na Serra da Mantiqueira, com a proposta de inversão de poda, a fim de obter as uvas no inverno, ficamos muito entusiasmados e nos juntamos a eles.
Assessorados pelo especialista Murillo Albuquerque Regina, plantamos cerca de 4.500 mudas de uvas. Entre elas, escolhemos as uvas bordalesas, nossa paixão: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Syrah”.
Degustei pela primeira vez o vinho Brandina Assemblage 2013 quando em uma das edições do Concurso Mundial de Bruxelas, onde sou um dos jurados, ele ganhou medalha, e fiquei sabendo pela amiga Marite Dal’Osto, professora de enologia sobre o projeto, empreendimento vitivinícola de Marco Antonio Carbonari que conta com cerca de 30 hectares de vinhedos, em São Bento do Sapucai-SP, serra da Mantiqueira, com altitude superior aos 1000 m.
Se me lembro bem, as cepas brancas Sauvignon Blanc e Chardonnay plantadas posteriormente, e a tinta Merlot não têm poda de inverno ou dupla poda, seguem o ciclo normal das videiras com a colheita feita no verão.
A madeira utilizada nos barris é a francesa, assim com a maioria, por enquanto, das cepas plantadas, mas há mescla de carvalho americano também.
O Brandina Assemblage 2013 é um corte entre Cabernet Franc 60% e Cabernet Sauvignon 40%, e passa cerca de oito meses em barricas de carvalho francês, originando um vinho bem especiado, a fruta ainda presente no olfato. Em boca, confirma o frutado e as especiarias algo picantes e doces como o cravo e a nos moscada.
Taninos e acidez muito bons, me avisando que ainda tem uma boa jornada pela frente neste exemplar 2013. Depois, vim a degustar todos os rótulos quando estive ano passado na International Wine Trade Fair, e conheci as duas safras do Brandina Assemblage 2014 e a 2013, já degustada antes, ambas que tem corte igual ou quase igual com colheita de inverno estampada no rótulo.
Também degustei os Brandina Assemblage Rosé, e o Brandina Chardonnay 2017, um varietal que segundo me lembro tem parceria com outra vinícola, a Estrada Real de Minas Gerais. Muito interessante, me pareceu à época muito frutado cítrico, diferente do cítrico tradicional nesta cepa e com untuosidade, mas confesso que não me lembro se ele tem passagem por madeira.
Outra interessante bebida que degustei foi o Hidromel, já que na propriedade há um apiário e onde se extrai o mel, e após a fermentação deste, a bebida é colocada em pequenas quantidades para venda.
Para visitações a Villa Santa Maria oferece um restaurante a Bruschetteria da Villa onde como o nome mesmo diz, as brruschettas são as estrelas, que podem ser harmonizadas com os rótulos Brandina.
Vinícola Villa Santa Maria
12 9 9746-6298
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão