Meninas e meninos,
Sobre o Catena Institute of Wine.
O Catena Institute of Wine, foi criado por Laura Catena, em 1995. O objetivo era realizar um estudo profundo sobre o terroir de Mendoza, tendo como pano de fundo, os vinhedos da família Catena.
Artigo na revista Scientific Reports.
Assinado por membros da equipe do Catena Institute of Wine-CIW (Roy Urvieta, Gregory Jones, Fernando Buscema, Rubén Bottini & Ariel Fontana), o artigo científico “Terroir e discriminação de safra de vinhos Malbec com base na composição fenólica em vários locais em Mendoza, Argentina” foi publicado na prestigiada revista Scientific Reports, pertencente grupo Nature Research.
Antes uma pequena introdução sobre a Catena:
Em 1994, Nicolás Catena elaborou o primeiro Malbec varietal Premium a ser exportado da Argentina. Foram necessários quinze anos de pesquisa em vinhedos e três anos de experimentação na vinícola para que Nicolás e sua filha Laura engarrafassem o primeiro Catena Malbec.
Agora o Catena Institute of Wine-CIW anuncia a publicação de um trabalho pioneiro – o maior e mais extenso já realizado a respeito de uma única variedade de uva. No estudo, como resultado procurado, a uva Malbec foi usada para comprovar a existência irrefutável do terroir nos vinhos produzidos.
“Mendoza é um dos poucos lugares no mundo com terroires notavelmente diferentes em curtas distâncias”, diz Laura Catena, diretora geral da bodega Catena Zapata. “Pela primeira vez, o estudo mostrou que o efeito do terroir pode ser quimicamente diferenciado de safra para safra em regiões maiores e em parcelas menores. Conseguimos prever com 100% de certeza a origem de cada vinho em nosso estudo por meio de análises químicas”, ela acrescenta.
PS:. Os vinhos Catena são importados para o Brasil pela importadora Mistral.
Mendoza e seus terroires.
Este estudo é o primeiro a comparar quatro níveis diferentes de terroir – três grandes regiões, seis departamentos, 12 indicações geográficas e 23 parcelas individuais (áreas menores de 1 hectare) – em três safras diferentes: 2016, 2017 e 2018. Ele fornece detalhes climáticos, bem como análises químicas de 201 vinhos microvinificados em condições semelhantes. As diferentes análises quimiométricas permitiram agrupar e perceber as diferenças ou semelhanças dos vinhos de determinadas regiões e parcelas.
O trabalho demonstrou que é possível determinar quimicamente a origem de cada vinho, independentemente da influência da safra. Onze das 23 parcelas puderam ser identificadas usando modelos quimiométricos, enquanto as 12 parcelas restantes puderam ser identificadas com até 83% de certeza. Ao combinar os dados de análises sensoriais e compostos voláteis neste estudo, o Catena Institute of Wine espera adicionar ainda mais rigor aos modelos para determinar micro parcelas e perceber as suas diferenças.
“Nosso estudo valida o que os monges cistercienses de Borgonha chamaram de ‘cru’ e que Hugh Johnson define como ‘uma seção homogênea da vinha cujos vinhos, ano após ano, apresentam uma qualidade e sabor distintos, com identidade própria’. Agora, pela primeira vez na literatura científica, o termo francês ‘cru’ recebe uma versão em espanhol, ‘parcela’, já que os vinhos estudados pelo CIW vêm de Mendoza, Argentina”, comemora a fundadora do instituto.
Catena Institute of Wine
Mistral
Até o próximo brinde!
Álvaro Cézar Galvão